O uso da Radiofrequência tem se mostrado um importante aliado no tratamento de diversos tipos de dores.Graças aos avanços tecnológicos que permitiram a ampliação no uso da técnica, é possível oferecer aos pacientes essa alternativa moderna, seguraminimamente invasiva e muito eficaz de terapia. Inclusive, não é exagero dizer que a prática é atualmente uma das principais indicações para o alívio de múltiplas dores. No Brasil, segundo a SBED (Sociedade Brasileira do Estudo da Dor), cerca de 60 milhões de pessoas convivem com algum tipo de dor, sofrendo com o desgaste físico e emocional por ele ocasionado.
Indicações para o tratamento por Radiofrequência:
-Artrose da coluna; -Dores de origem discogênicas; -Pacientes com neuralgia trigeminal e occipital; -Dores de cabeça; -Dor crônica na coluna, pernas, ombros e pescoço.
Como funciona a técnica:
Existem três tipos de Radiofrequência. Na Convencional, um gerador de radiofrequência emite uma onda levada por cabo até um eletrodo colocado em uma agulha. Essa agulha é inserida por meio da pele e queima o nervo, impedindo, desta forma, que ele conduza o sinal da dor para o cérebro. Na Radiofrequência Pulsátil, o gerador emite ondas pulsadas e não contínuas como no caso anterior. O seu uso está associado às estruturas nervosas que, além de carregar os sinais da dor, também são responsáveis pela atividade motora de músculos. Como é pulsada, a técnica não queima o nervo, portanto, não causa danos às funções motoras. Por fim, a Radiofrequência Resfriada trabalha com gotejamento de soro com íons na ponta da sonda, ampliando o volume de calor produzido em até oito vezes. Essa modalidade é indicada para nervos anatomicamente variados e de tamanhos maiores.Independentemente do tipo de Radiofrequência aplicada, a lógica é a mesma: bloquear as fibras nervosas que geram a dor, interrompendo a comunicação do nervo com o cérebro. Com o alívio da dor, o paciente é capaz de retomar atividades prejudicadas pelo desconforto, além de diminuir o uso de medicamentos. Nos três casos, a Fluoroscopia é utilizada para a localização exata dos pontos a serem atingidos. Trata-se de uma câmera de vídeo acoplada a um equipamento de Raio X, que permite fazer o procedimento com mais segurança e exatidão, minimizando os riscos de lesões. Outra possibilidade com a mesma função é o uso do ultrassom. O emprego de um ou de outro vai depender da indicação clínica e do profissional que for realizar a Radiofrequência. O tratamento costuma durar de 6 meses a um ano. Durante esse período, é interessante que o paciente faça algum tipo de reabilitação, como fisioterapia a fim de buscar a não recorrência da dor. Caso ela volte, é possível repetir o procedimento, lembrando que, por ser minimamente invasivo, proporciona uma rápida recuperação com resultados significativos para quem quer se ver livre das dores, ganhando mais qualidade de vida.