
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL

Dr. Álvaro Alberto Barcelos Junior
CRM/SC 11571 | RQE 6878 | 7613 | 18517
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Dr. Álvaro Alberto Barcelos Junior
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Você já ouviu falar em Cuidados Paliativos? Essa é uma especialidade da medicina destinada a proporcionar maior qualidade de vida para pacientes com doenças incuráveis, assim como para seus familiares.
Falar abertamente sobre terminalidade ainda é um grande entrave para a nossa sociedade - quando não deveria. Quanto mais o assunto for discutido, maiores as chances de lidar com a situação de uma maneira mais plena, minimizando sofrimento entre as partes envolvidas.
Atualmente doenças crônico-degenerativas têm indicação de cuidados paliativos. Alguns exemplos são: câncer, demência, insuficiência cardíaca, síndrome de fragilidade, doença renal crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, etc.
É bem verdade que o acesso ao sistema de cuidados paliativos ainda é escasso. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), só uma em cada 10 pessoas contam com esse tratamento adequadamente em apenas 20 países e o Brasil não faz parte desse grupo.
Cuidados paliativos para quê?
Ao tratar do luto e da finitude da vida como parte do processo natural para todos, é possível motivar as pessoas a discutirem sobre suas vontades não apenas quando estiverem doentes. Assim, elas podem ser respeitadas, mesmo no caso de situações imprevistas, como acidentes, por exemplo.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), os cuidados paliativos têm 3 finalidades:
1. Aliviar dores e problemas decorrentes das doenças com foco em cada uma delas;
2. Prevenir o progresso e o desenvolvimento de novos problemas;
3. Promover a oportunidade de experiências significativas e valiosas, crescimento espiritual e pessoal e autorrealização.
Por mais simples que pareça, é importante destacar que a falta da disciplina nos currículos dos profissionais da saúde e os poucos centros de formação pelo país dificultam o acesso e a implementação do sistema.
Ainda que sejam muito recomendadas, reanimação cardiopulmonar e sondas para alimentação para pacientes em final de vida não são as únicas soluções. Quando os cuidados paliativos são tomados de forma correta e consistente, o profissional de saúde consegue sugerir alternativas mais efetivas para cada caso, com foco em qualidade de vida, saúde e segurança.
Mais do que cuidar de pacientes em fase terminal, o cuidado paliativo tem o objetivo de cuidar do processo da doença, para que a experiência seja a melhor possível tanto para o paciente como para seus familiares e seus cuidadores.
Agora, Criciúma e região podem contar com essa especialidade.
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