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A ozonioterapia é uma terapia complementar que tem conquistado bastante espaço na saúde integrativa. Utiliza a mistura de gases oxigênio/ozônio medicinal em concentrações e doses exatas, dentro de uma janela terapêutica. É um procedimento não invasivo, não farmacológico, com poucas contraindicações e de caráter multidisciplinar, que não substitui as técnicas e tratamentos convencionais, pelo contrário, combinada aos tratamentos já incorporados ao sistema de saúde, a ozonioterapia vem agregar, potencializando os resultados, promovendo uma abordagem abrangente e holística para a saúde.
Além de estar presente na camada da estratosfera, que nos protege, o ozônio é um gás com infinitas aplicações e possui propriedade anti-inflamatórias e antissépticas. Há algum tempo, o potencial terapêutico do ozônio ganhou muita atenção através de sua forte capacidade de induzir o estresse oxidativo controlado e moderado quando utilizado em doses terapêuticas precisas.
Então a Ozonioterapia e um tratamento novo? Não, ele e muito velho na verdade. Descoberto em 1840 pelo pesquisador alemão Christian Friedrich Schoenbein, existem relatos de que o gás ozônio, tenha sido utilizado por médicos alemães e ingleses em soldados para tratamento de feridas durante a Primeira Guerra Mundial. O progresso da Ozonioterapia como uma alternativa terapêutica tem sido gradativo e, no âmbito internacional, já é uma prática determinada em diversos países. Alemanha segue utilizando a terapia ao longo de todos esses anos, somente lá, mais de 7 milhões de tratamentos de ozônio são feitos por ano. No Brasil a ozonioterapia surgiu por volta de 1975 e somente no ano de 2018, foi regularizada e reconhecida pelo Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do Sistema Único de Saúde (SUS).
A terapia com ozônio medicinal pode ser definida, de uma forma bem resumida, como a administração da mistura gasosa de oxigênio e ozônio com finalidade terapêutica, caracterizada pelo aumento da oxigenação dos tecidos, afim de elevar a resposta do sistema imunológico. Trata-se de um método que oferece analgesia, assim como recurso complementar no tratamento de doenças infecciosas agudas e crônicas causadas por vírus, bactérias e fungos, em queimaduras e úlceras diabéticas. Na área de tratamento de dor, a terapia com ozônio medicinal emerge como um tratamento seguro e eficaz para dor musculoesquelética, especialmente a dor lombar. Estudos clínicos indicam que, quando realizada com equipamentos confiáveis e doses controladas, esta terapia apresenta mínimos riscos e significativo alívio da dor, tornando-se uma alternativa promissora se conduzida por profissionais capacitados. Na estética a ozonioterapia já se consolidou e possui diversas indicações. Também podem ser utilizados a água ozonizada, os óleos ozonizados e os cosméticos ozonizados, como formas terapêuticas do ozônio.
Contudo a ozonioterapia enfrenta resistência e virou assunto polêmico desde a sanção da Lei 14.648/2023, onde o País entrou no grupo formado por outras dezenas de nações em que a população conta os benefícios da Ozonioterapia. O que realmente importa é que o primeiro passo foi dado e foi uma grande vitória para a Saúde do Brasil. Toda nova tecnologia, quando é implantada, passa por um processo de regulamentação, avaliação de eficácia e de riscos. E com a Ozonioterapia não é diferente. É uma terapia vista como concorrência e está passando exatamente pelo que outras terapias já passaram. A Ozonioterapia não dispensa o tratamento convencional para as doenças, nem pretendem substituir a consulta ao profissional médico ou servir como recomendação para qualquer plano de tratamento. Ela vem como uma terapia complementar e o futuro é promissor.