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Drª. Caroline de Medeiros Linhares
CRM/SC 16848 | RQE 13258 - 13800
Especialista fala sobre sintomas fatores de risco e maiores detalhes sobre a doença. Fique atento:
No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de estômago é o terceiro câncer mais frequente entre homens e o quinto entre as mulheres. Em ambos os gêneros, a incidência aumenta a partir de 35 anos de idade. A incidência desse tipo de tumor vem diminuindo, mas a taxa de mortalidade permanece alta. O tipo mais comum de câncer gástrico é o adenocarcinoma, que corresponde a mais de 90% dos casos de neoplasia maligna do estômago.
QUAIS OS FATORES DE RISCO?
Há fatores hereditários e não hereditários claramente associados ao aparecimento e desenvolvimento do câncer gástrico. Os fatores de risco conhecidos são os seguintes:
1) infecção pela bactéria Helicobacter pylori;
2) idade avançada e sexo masculino;
3) dieta pobre em produtos de origem vegetal, dieta rica em sal e alimentos defumados;
4) tabagismo e consumo de álcool;
5) obesidade;
6) gastrite atrófica crônica;
7) história pessoal ou familiar de câncer gástrico.
COMO PREVENIR?
Para prevenir o câncer de estômago é fundamental uma dieta balanceada, rica em frutas e verduras frescas. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas. Exercícios físicos e peso corporal adequado são importantes para a prevenção do câncer gástrico.
QUAIS OS SINAIS E SINTOMAS?
Infelizmente, na fase inicial os sintomas são inespecíficos, o que contribui para um diagnóstico tardio. Os sinais e sintomas podem incluir: falta de apetite, perda de peso, dor abdominal, sensação de estômago cheio, azia, náuseas, vômitos e anemia.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?
O diagnóstico é feito pela endoscopia digestiva alta com biópsias de áreas suspeitas. A detecção precoce é uma estratégia para encontrar o tumor em estágio inicial, e, assim, possibilitar maior chance de tratamento. Após o diagnóstico, é realizado o estadiamento para planejar a melhor forma de tratamento da doença.
QUAL O TRATAMENTO?
A decisão do tratamento deve ser tomada por equipe multidisciplinar, avaliando características pessoais do paciente, agressividade do tumor, riscos cirúrgicos e a capacidade do paciente de tolerar tratamentos não isentos de efeitos colaterais. Alguns tumores iniciais podem ser ressecados por endoscopia. A cirurgia de ressecção gástrica (gastrectomia) com margens livres e retirada de linfonodos, representa sua maior chance de cura. A associação de quimioterapia e radioterapia aumenta a sobrevida nos pacientes operados.
O diagnóstico precoce do câncer de estômago é fundamental para possibilitar um tratamento com maior chance de cura. Pacientes que possuam fatores de risco devem procurar o gastroenterologista para realização de endoscopia de prevenção, mesmo sem sinais ou sintomas aparentes, e os pacientes que, embora não possuam fatores de risco, perce-bam a presença dos sinais e sintomas acima descritos, não devem protelar uma avaliação por médico especialista.