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CRM/SC 5934 | RQE 3876
Atualmente o Brasil e o mundo vivem uma epidemia de obesidade. Hábitos errados de alimentação, vida agitada, estresse, falta de atividade física regular são apenas alguns fatores desencadeantes da obesidade e do sobrepeso.
Muitos são os tratamentos existentes nos dias atuais para tratamento da obesidade, alguns com promessas milagrosas que não surtem efeito algum, em que o paciente até emagrece mais depois recupera todo o peso ou até mais do que tinha.
Sabendo que a obesidade não é só uma questão estética, mas também de saúde, se faz necessário adotar tratamentos sérios de resultados comprovados para que o paciente emagreça com saúde, com acompanhamento médico, nutricional e psicológico.
Muitas são as doenças associadas à obesidade, tais como: alterações endócrinas (como diabetes), doenças cardiovasculares (como pressão alta), doenças de pele, apneia do sono, distúrbios psiquiátricos e até câncer, por isso é tão importante tratar a obesidade.
Várias são as opções de tratamentos como, por exemplo, o acompanhamento nutricional e psicológico aliado à atividade física regular, como também as técnicas cirúrgicas e o balão intragástrico.
A cirurgia bariátrica ou gastroplastia está indicada segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) para pacientes com IMC acima de 35 kg/m2, para pacientes com comorbidades ou para pacientes com IMC maior que 40 kg/m2 que não tenham obtido sucesso na perda de peso com outros tratamentos.
Quais os tipos de cirurgia para tratar a obesidade?
Existem três tipos de cirurgias bariátricas: restritivas, mistas e disabsortivas. As cirurgias que apenas diminuem o tamanho do estômago são chamadas do tipo restritivo (banda gástrica, gastroplastia vertical em sleeve e gastroplastia vertical com bandagem). A perda de peso que faz é pela redução da ingestão de alimentos.
Existem também as cirurgias mistas, nas quais há a redução do tamanho do estômago e um desvio do trânsito intestinal, nestas além da redução da ingestão há também a diminuição da absorção dos alimentos.
Além dessas existe o balão intragástrico, que é uma bola de silicone, extremamente resistente que pode permanecer no estômago de 6 a 8 meses. É colocado através de endoscopia, portanto não é uma cirurgia, não necessita de internação hospitalar e sua retirada também é através de endoscopia.
O principal efeito do balão vem da alteração da saciedade sentida pelo paciente durante o período em que está com o balão, especialmente nos três primeiros meses onde mais de 70% do seu efeito ocorre. O balão pode atingir a uma média de perda 20% do peso total da pessoa, é um procedimento seguro com baixo índice de complicações. Ele pode ser uma boa alternativa para quem não quer realizar a cirurgia. Qualquer pessoa que não possui contra indicações formais pode colocar o balão intragástrico.
Tanto na cirurgia bariátrica como no balão intragástrico há uma perda de peso significativa e isso traz benefícios no tratamento de todas as outras doenças relacionadas à obesidade. Do ponto de vista nutricional os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica deverão ser acompanhados pelo resto da vida para receberem orientações e uma dieta adequada.
Reposição de vitaminas, ferro, ácido fólico também se fazem necessárias após a cirurgia bariátrica e devem ser mantidas por tempo indeterminado, bem como as consultas semestrais ao médico que realizou a cirurgia para acompanhar devidamente o paciente e evitar complicações.