
Endocardite Infecciosa: o coração e a boca Endocardite é uma doença que provoca inflamação na membrana que reveste a parede interna do coração e uma de suas causas é a má conservação dos dentes

Dr. José Augusto de Bem Pereira
CRO/SC 13887
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Dr. José Augusto de Bem Pereira
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Você deve informar ao seu cirurgião dentista a respeito do uso
Quando vamos ao Consultório Odontológico, mesmo submetidos a uma anamnese detalhada, muitas vezes nos esquecemos de citar alguns medicamentos que fazem parte na nossa rotina, mas não são julgados tão importantes ao conhecimento do Cirurgião Dentista. E isso é um erro grave! Tanto para o profissional que eventualmente deixe de perguntar, quanto para o paciente que deixa de falar.
O primeiro dos três medicamentos é da família dos Bifosfonatos. Comercialmente, um dos mais conhecidos é o “Alendronato de Sódio” medicamento comumente utilizado por especialmente mulheres pós menopausa, indicado para controle da Osteopenia ou Osteoporose, ou ainda pacientes Oncológicos. Este medicamento, age diretamente na metabolização óssea tornando o osso “pobre” e com uma capacidade de cicatrização bastante diminuída. Em miúdos, o paciente que faz uso dessa medicação, caso seja submetido a um procedimento cirúrgico simples como uma extração dentária, implante, ou enxerto ósseo, pode ter uma complicação de difícil manejo conhecida como “Osteonecrose”.
O segundo fármaco é da família dos anticoagulantes. O àcido acetilsalicílico (AAS), popularmente conhecido como “comprimido para afinar o sangue”, é utilizado muitas vezes por nossos pacientes até mesmo sem acompanhamento médico. E pode se tornar também um grande inimigo para nós, em procedimentos especialmente cirúrgicos ou clínicos mais invasivos. Resumidamente, riscos principalmente de hemorragia, e como consequência disto, edema demasiado, deiscência de sutura e contaminação do local operado.
O terceiro, geralmente utilizados por mulheres adultas jovens, que muitas vezes, não consideram o método contraceptivo anticoncepcional como um medicamento, e simplesmente não comentam a respeito do seu uso. Em procedimentos, onde essas pacientes são submetidas a administração concomitante de antibióticos, o efeito deste método contraceptivo pode ser consideravelmente reduzido, acarretando em maiores possibilidades de gravidez. As bactérias do trato gastrointestinal que muitas vezes são afetadas pela ação do antibiótico, são as mesmas responsáveis pela absorção e metabolização dos anticoncepcionais. Sendo assim, quando essa interação ocorre, é indicado que se use outro método contraceptivo.
Informe sempre ao seu médico ou cirurgião dentista, a respeito do uso de medicamentos, quaisquer sejam as suas finalidades. Suplementos, repositores hormonais entre outros. Se achar prudente, o profissional irá solicitar alguns exames para avaliar o grau de seguridade para prosseguir com o tratamento, sendo algumas vezes, inclusive, a suspensão do mesmo por um determinado período.
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