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CRM/SC 21302 RQE/15927
Por ser diferente de adultos, os ossos das crianças demandam maior atenção. Fique atento!
Os traumas em crianças nem sempre necessitam ser violentos, muitas vezes até mesmo um tropeço, seguido de uma simples queda, podem ocasionar uma fratura óssea.
O sintoma mais importante da fratura é a dor imediata produzida pelo trauma, a qual se acentua com o movimento ou com a compressão da região afetada. As crianças mantêm o membro em posição de proteção, entretanto, a presença de movimento ativo não afasta a possibilidade de fratura. Quando a fratura ocorre nos membros inferiores, a criança manca ou evita apoiá-los no chão. Em alguns casos, há deformidade aparente após o trauma. O edema (inchaço) é comum, mas não fundamental.
Cuidados
Diante da suspeita de uma fratura, a primeira providência consiste em imobilizar o membro fraturado. Isso reduz a dor e o inchaço e evita que a lesão aumente. Se, além da fratura, houver ferimento, limpe-o com água corrente ou soro fisiológico e cubra-o com material limpo ou estéril até a ida ao serviço de emergência. Caso haja sangramento abundante, faça uma compressão moderada na ferida para estancar o sangue.
Após a consulta com um especialista, no caso, um ortopedista, o médico decidirá que conduta de tratamento irá tomar. Essas medidas podem ser: imobilização; redução, quando a fratura apresenta desvio ou cirurgia para o adequado posicionamento dos fragmentos.
Após a colocação da imobilização, alguns cuidados devem ser tomados, as talas gessadas e gessos circulares não devem ser molhados ou recortados. Durante o banho, por exemplo, o membro imobilizado deve ser protegido com um saco plástico.
Alertas
Alguns sinais de alerta são: dor intensa acima do normal, progressiva, sem resposta ao uso de analgésico, inchaço dos dedos, palidez dos dedos ou extremidades roxas, dedos frios, formigamento ou alteração de sensibilidade, dedos muito dobrados, dificuldade para movimentar os dedos. Esses sintomas indicam que pode estar havendo uma compressão capaz de lesionar nervos e músculos que, se não for tratada prontamente, pode deixar sequelas graves.
É importante salientar que existem algumas diferenças entre o osso da criança e do adulto. O osso da criança apresenta maior elasticidade e porosidade; o periósteo é mais resistente e há a presença das cartilagens de crescimento. Além disso, como a criança está em crescimento, a capacidade de seu corpo de formar e desenvolver os ossos é superior à do adulto.
Portanto, diante do que foi visto, uma criança que apresente dor aguda, após história de trauma, queda ou torções, deve-se sempre ter como suspeita uma possível fratura, e a consulta com um profissional especializado, no caso um ortopedista, deve ser feita para o correto diagnóstico e tratamento da lesão.