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CRM/SC 22330 | RQE 18728
UMA VILÃ DAS GESTANTES
Nos dias atuais com avanços constantes na ciência e, por consequência, na medicina, temos nos deparado com doenças a até pouco tempo atrás desconhecidas ou pouco estudadas. No mundo da obstetrícia a Diabetes Melitus Gestacional (DMG) sempre foi uma vilã, responsável inclusive por danos, as vezes irreparáveis, para o binômio mãe-feto. Felizmente tem se conseguido identificar o problema de forma cada vez mais precoce. Alguns exames dimensionam até futuros danos.
O diabetes gestacional é uma condição caracterizada por hiperglicemia, ou seja, o aumento dos níveis de glicose no sangue. Isso acontece em aproximadamente 4% de todas as gestações.
Durante a gravidez ocorrem adaptações na produção hormonal materna para permitir o desenvolvimento do bebê. A placenta é uma fonte importante de hormônios que reduz a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. Já o pâncreas materno aumenta a produção de insulina para compensar esse quadro de resistência à sua ação.
Em algumas mulheres, entretanto, esse processo não ocorre e elas desenvolvem quadro de diabetes gestacional. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento fetal excessivo (macrossomia fetal) e logo, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.
O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher. Não é comum a presença de sintomas, por isso, recomenda-se que após as 24 semanas, todas as gestantes pesquisem a glicemia em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose.
Fazer o acompanhamento pré-natal com profissional capacitado para o diagnóstico e manejo desta comorbidade, torna-se indispensável.