
CONSULTA PRÉ-CONCEPCIONAL: O CUIDADO QUE COMEÇA ANTES DA GESTAÇÃO

Drª. Iane Dagostin
CRM/SC 21985 | RQE 17687
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CRM/SC 21985 | RQE 17687
O Climatério é um período de vida da mulher que marca o final do período reprodutivo, portanto, os ovários praticamente cessam a produção dos hormônios. É um período pelo qual naturalmente todas as mulheres vão passar, com os ciclos menstruais se tornando irregulares até cessarem completamente. Apesar de natural, essa fase costuma trazer incômodos e ter importante reflexos na saúde feminina.
A fase do climatério em que a mulher deixa de menstruar é conhecida como menopausa. Uma das perguntas comuns das mulheres é quanto tempo vai durar, mas o climatério não tem uma duração exata e seu início e término varia para cada mulher. O climatério ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é chamada de menopausa prematura ou precoce.
Chamamos de síndrome do climatério um conjunto de sinais e sintomas ocasionados por fatores hormonais, psicológicos e socioculturais. Os sintomas podem variar a depender da fase do climatério em que a mulher se encontra. Um dos sintomas mais característicos e que mais incomoda as mulheres é o fogacho, que são as ondas de calor e duram, em média, 5 anos.
O climatério está dividido em 3 fases, cada um com a sua própria duração:
Perimenopausa: o primeiro estágio do climatério que inicia entre 40 e 45 anos. Porém, é possível que algumas mulheres comecem a sentir os seus sintomas por volta dos 35 anos. Dura em média 5 anos. E os sintomas que caracterizam essa fase são: irregularidade menstrual, diminuição da libido; fadiga, acúmulo de gordura na região abdominal e os fogachos.
Menopausa: Corresponde a última menstruação da mulher. Acontece em torno dos 50 anos, mas algumas mulheres menstruam mais tempo. Não há exames que possam afirmar quando vai ocorrer. Podemos dizer que uma mulher está na menopausa quando ela estiver há 1 ano sem menstruar.
Pós-menopausa: dura cerca de 10 anos.
Além dos já bastante conhecidos, outros sintomas podem surgir, como:
•Dificuldade para esvaziar a bexiga
•Sintomas psíquicos: irritabilidade, depressão, choro descontrolado, lapsos de memória e distúrbios de ansiedade;
•Insônia;
•Secura vaginal;
•Dor de cabeça;
•Osteoporose
Os sintomas relatados pela mulher e o exame físico são os parâmetros utilizados para o diagnóstico do climatério, já as dosagens hormonais tem pouca utilidade na maioria das vezes, principalmente na transição menopausal, devido a muitas flutuações nos níveis hormonais. Porém existem diversos exames nesta fase que são indicados para rastrear e prevenir doenças como: mamografia, exame citopatológico do colo uterino, colonoscopia, densitometria mineral óssea, ultrassonografia transvaginal e exames laboratoriais, cada um deles com suas indicações específicas.
O ginecologista é profissional habilitado para tratar menopausa. A consulta com o ginecologista é de extrema importância para avaliar os sintomas da paciente e seu impacto no dia a dia, solicitar os exames e elaborar estratégias de tratamento que tragam melhora na qualidade de vida da mulher,
O tratamento engloba as modificações de estilo de vida, o que inclui uma alimentação saudável, prática de atividade física de intensidade moderada com regularidade, sono adequado e gerenciamento do estresse. O tratamento medicamentoso é feito com reposição hormonal (repor os hormônios que os ovários pararam de produzir) que pode ser usado em forma de comprimidos, adesivos, cremes vaginais, injetáveis, géis e implantes. Nas pacientes que não podem utilizar terapia hormonal pode-se prescrever terapias alternativas com fitoterápicos entre outros. Cada paciente é avaliada de forma individualizada para elaborar um plano terapêutico específico para solucionar as queixas daquela mulher e proporcionar um envelhecimento saudável.
O senso comum de que é normal sofrer nesse período é equivocado e a mulher deve sim buscar orientação com seu ginecologista!
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