
ORTODONTIA INTERCEPTIVA. VOCÊ JÁ OUVIU FALAR?

Drª. Juliana Arcaro
CRO/SC 10208
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CRO/SC 10208
Um número importante de pacientes procuram atendimento ortodôntico para a solução do seu problema de “sorriso estreito”. Denominada deficiência transversa da maxila, essa má oclusão quando se faz presente pode afetar e muito o bem estar e convívio social dos pacientes.
A prevalência da deficiência transversa da maxila pode chegar a 23% na primeira infância, e agrava-se durante a fase de crescimento e desenvolvimento facial da criança. Não sendo tratada, essa má oclusão provavelmente afetará a dentição permanente, resultando em diferentes graus de desarmonia oclusal; mudanças na postura da língua; danos aos tecidos que sustentam os dentes (perda óssea local e recessão gengival); posição mandibular assimétrica; distúrbios nas articulações e da função muscular e falta de espaço na arcada para o alinhamento dentário adequado.
Entretanto, uma das consequências mais sérias da deficiência transversal da maxila pode ser o consequente estreitamento da cavidade nasal, aumentando a resistência do ar, podendo ser um fator etiológico da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS).
Tratamento:
O tratamento é um procedimento simples e com alto índice de sucesso quando realizado na infância ou até a fase de pico de crescimento. Entretanto, quando se trata de adolescentes e adultos jovens, torna-se complexo. Quanto maior a idade do paciente, maior o risco biológico para as estruturas de sustentação dos dentes e maiores os efeitos colaterais em nível de osso alveolar.
Sendo assim, até bem pouco tempo atrás a única forma de tratarmos a atresia de maxila em adultos ou adultos jovens era realizando a expansão rápida assistida cirurgicamente, o que requer hospitalização do paciente, bem como anestesia geral e aumento dos custos biológicos e financeiros.
Diante disso, atualmente, lançamos mão de uma nova forma de tratar, mais simples e que tem se mostrado muito eficaz.
Alguns autores têm investigado o uso de microimplantes ortodônticos como dispositivos auxiliares de ancoragem, evitando assim as osteotomias (cirurgias). Este sistema tem sido chamado de microimplant-assisted rapid palatal expansion (MARPE).
Evidências recentes sugerem que a expansão palatina não cirúrgica, assistida por micro implantes, é alcançável e previsível em adultos jovens.
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