
A puericultura no consultório pediátrico

Dra. Magda Lena Aliano
CRM/SC 4060 | RQE 1018
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Ah se pudéssemos livrar nossos filhos de todas as doenças, não é mesmo?
Isso seria possível com um planejamento adequado da gestação, adequado pré-natal com identificação e correção dos riscos, o cumprimento de todo um programa de vacinas existentes, prevenção de problemas em consultas regulares com o pediatra de confiança, marcadas regularmente e de preferência próximas ao domicílio ou nas casas e escolas das crianças, leite materno o máximo de tempo possível, pais conciliando profissão e cuidados de seus filhos, medicações e fórmulas especiais, quando necessárias e com receita, fornecidas às famílias.
Só que não é assim: há uma epidemia de doenças não transmissíveis, obesidade, diabete, síndrome metabólica, transtornos mentais, do desenvolvimento e de interação e doenças que imaginávamos quase erradicadas voltando e tirando vidas dos menores que são os mais frágeis.
Além de epidemias e endemias globais ainda ao falarmos viroses há desconhecimento e pedidos para uso de antibióticos e antifúngicos, muitas vezes sem efeitos nesses casos. Então, além de passar dados sobre prevenção e acompanhar as famílias orientando a cada etapa o que é necessário, o pediatra precisa estar integrado onde mora e usar de meios educativos esclarecedores através de redes de internet, palestras, rádio e o que for possível para Educação em Saúde.
A caderneta de saúde que acompanha cada bebê desde o nascimento ainda é subutilizada e nas enquetes de saúde há confusão entre boa medicina e a realização de uma infinidade de exames e maratonas a várias opiniões à procura de um nome do que a criança apresenta quando “não está bem”. Outra enquete é sobre o que realmente é melhor para bebês, homeopatia, alopatia, medicações preventivas, tratamentos somente na doença, idas mil a pronto atendimentos ou um profissional que realmente conheça a cada criança.
A medicina se tornou a ciência do meio, veio para ensinar os cuidados e como numa orquestra verificar o que realmente é necessário, a cada momento, para redução de custos e estabelecimento de prioridades. A velha frase de que teu alimento precisa ser o teu melhor remédio é difícil quando várias crianças mostram seletividade e distúrbios digestivos, o porquê de tantas alergias e tudo passa sim por avaliação do meio onde vivemos e em que isto está trazendo prejuízos.
Algo mais a preocupar são pais e crianças com pouco tempo em contato com a natureza, esportes, sono de padrão adequado e cada vez mais dependentes de tempo com telas. Guardo sempre uma frase de professora brilhante que influenciou minhas condutas em pediatria: “cada um é um” e é claro que exemplos bons valem por mil palavras.
Vamos procurar pediatras de acompanhamento e que tratem nossos filhos como merecem ser tratados!
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