
Envelhecimento da pele: Você está fazendo o melhor possível?

Drª. Tatiane Watanabe
CRM 16762 - RQE 12745
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É de conhecimento geral que os cravos e as espinhas, que em conjunto chamamos de acne, são problemas típicos da adolescência e podem até ser considerados como sinais dessa fase da fase da vida. Sendo assim, também é comum a gente considerar a acne como um problema passageiro, porém esse conceito tem algumas falhas.
Primeiro, embora grande parte das pessoas apresentem de fato melhora das espinhas "mais feias" após a adolescência, muitas dessas permanecem com cicatrizes de acne por toda a vida, que podem ser estigmatizantes e causar problemas de auto estima. Além disso, o tratamento das cicatrizes de acne costuma ser bem mais difícil do que o tratamento das espinhas propriamente dito. Por isso, é importante não perder a oportunidade de prevenir o surgimento de cicatrizes, ou seja, tratar a acne de forma adequada.
Segundo, a acne não é uma doença só adolescência, especialmente quando falamos das mulheres. Aproximadamente 40% das mulheres adultas têm acne. Essas lesões podem ser uma continuação da acne da adolescência ou surgir em pacientes que nunca tiveram espinhas antes. Outros fatores que possivelmente que podem estar associados a acne, digamos "fora de época", são alguns tipos de medicação, suplementos alimentares, vitaminas (especialmente a vitamina B12), uso inadequado de cremes, maquiagem ou protetores solares. Além disso, em um menor número de pacientes, a acne tem relação com doenças como síndrome dos ovários policísticos, alterações hormonais e até tumores.
Terceiro e último, nem tudo que parece espinha é acne. Lesões muito semelhantes a espinhas podem ter na realidade um diagnóstico diferente. Doenças como rosácea, hiperplasia sebácea, ceratose pilar ou dermatite periorificial podem ser facilmente confundidas com acne e cada uma dessas tem um tratamento diferente.
Em resumo, embora a acne possa parecer um problema banal, é importante realizar o diagnóstico e o manejo adequado das espinhas e cravos porque essa doença pode esconder problemas maiores, além de interferir na qualidade de vida (atual e futura) dos acometidos. Por isso, se você tiver dúvidas, procure o médico especialista no cuidado da pele, o dermatologista.
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