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CRF/SC 5368
Farmacêutica fala sobre os riscos que a medicação por conta própria podem trazer. Fique atento:
A automedicação é uma prática muito comum no Brasil. Quem nunca usou um medicamento por indicação de um vizinho, amigo ou parente? As pessoas se automedicam buscando aliviar um sintoma que está incomodando, seja uma dor de cabeça, febre, tosse, entre outros.
Além da busca por um alívio rápido dos sintomas, é muito fácil e cômodo se automedicar. A informação sobre determinado remédio chega muito rápido (muitas vezes de forma errada); a variedade de produtos isentos de prescrição médica também facilita muito a automedicação, sem falar nas facilidades do tele-entrega das farmácias, que vão aonde você estiver. Porém, vale lembrar que medicamentos isentos de prescrição não são isentos de riscos. Dependendo da dose ele pode ser letal, principalmente em crianças e idosos, cujos organismos são mais frágeis e o metabolismo é mais lento.
ENTENDA OS RISCOS
A automedicação pode causar muitos riscos à nossa saúde. A intoxicação é um dos problemas, podendo desencadear reações alérgicas, alteração nos batimentos cardíacos e na pressão arterial, vômito, dores abdominais e até maiores sequelas como alteração no funcionamento de órgãos vitais.
Outro risco da automedicação são as interações medicamentosas, que são alterações no efeito do medicamento, devido ao uso concomitante com outros medicamentos, alimentos ou bebidas alcoólicas. Essas “misturas” podem aumentar ou diminuir o efeito dos medicamentos e isso pode ajudar ou prejudicar o organismo.
A resistência de bactérias devido ao uso indiscriminado de antibióticos também consiste num grave risco da automedicação. Visando diminuir a resistência a esses microrganismos, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem controlado a venda desses medicamentos nas farmácias. Hoje em dia, os antibióticos podem ser comprados somente com receita médica. O problema é que muitas pessoas começaram a fazer uso de outra classe de medicamentos: os anti-inflamatórios. Esses medicamentos, quando usados sem orientação, podem se tornar muito perigosos. Muitos deles podem aumentar a pressão arterial devido a retenção de água e sais pelo organismo, colocando os rins e o fígado em risco. Além disso, podem causar problemas estomacais, como gastrites e úlceras, e até mesmo mascarar ou agravar alguma doença já existente.
A análise de prescrições feita pelo farmacêutico contribui de forma decisiva para a redução de erros de medicação, da piora do quadro do paciente e de gastos desnecessários. Por isso, procure sempre orientação profissional antes de consumir qualquer tipo de medicamento.