TENHA A SANTA PACIÊNCIA

TENHA A SANTA PACIÊNCIA

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Vivemos num mundo extremamente competitivo, onde somos o tempo todo estimulados com um bombardeio de informações, notícias, compromissos, desafios, cobranças por resultados. Cabe ressaltar que para a maioria dos cargos a paciência, a calma e a tranquilidade são quesitos até desvalorizados. Como uma forma de “sobrevivermos” nesse mundo, nos tornamos escravos dessa urgência e imediatismo. Fato é, que quando nos acostumamos com essa rotina caótica, passamos a gerar desequilíbrio emocional/hormonal, colocando em risco a nossa saúde mental, emocional e física.
A impaciência aparece na respiração curta e ofegante, músculos tensionados, explosões de raiva, pés inquietos, roer de unhas, irritabilidade, fala rápida, decisões sem o processamento do pensamento racional, podendo gerar consequências danosas. Dentre as consequências; aumento da pressão arterial, doenças cardiovasculares, gástricas, ansiedade e a depressão.
Paciência é a capacidade do ser humano conseguir tolerar uma contrariedade momentânea, sem reagir de forma impensada e inadequada, respeitando o tempo das coisas. Uma pessoa paciente aprendeu a se conhecer, reconhecer seus gatilhos, dominar suas emoções e administrar suas frustrações.
É preciso entender que nem tudo irá ocorrer da forma e na velocidade que queremos. Precisamos focar na solução do problema e não no problema em si, além de ingerir doses diárias de paciência consigo próprio, com o outro e com as adversidades da vida.

Algumas dicas de como você pode exercitar a Santa Paciência:

1) Viva, sinta e pense sempre no presente, no que está acontecendo no seu momento atual. Só conseguimos intervir no aqui-agora. Evite sofrer por antecipação, por coisas que na sua maioria das vezes só acontecerão na sua cabeça. Guarde energia para usar quando de fato algo acontecer algo.
2) Distraia a mente, tirando o foco daquilo que te incomoda. Dê uma nova tarefa para seu cérebro se distrair.
3) É preciso a prática diária da Aceitação. Aceitarmos que as coisas acontecem por algum motivo e que muitas vezes esses motivos podem nem ter a ver conosco. Aceitarmos que não estamos no controle de tudo e que isso não é perigoso de fato. Aceitarmos que as coisas não ocorrem do jeito e no momento que queremos e que isso pode ser até positivo, pois nem tudo que queremos e fazemos nos faz bem ou é bom.
4) Controle como deseja se sentir em determinada situação. Para isso, é preciso trocar o emocional pelo racional, entendendo que não é porque sentimos que é realidade. Neste sentido, não é porque você sente medo de alguma situação/objeto, que ele de fato é perigoso.

Lembre-se: pensamentos e emoções nos enganam.

5) Respeite sua singularidade não comparando sua realidade com a realidade de outras pessoas. Respeite as diferenças, sua história, seu tempo, seu processo. Você tem a obrigação de ser mais generoso consigo próprio.
6) Exercite-se. Além de nesse tempo poder repensar sob outras óticas, dá espaço para o hormônio responsável pelo humor voltar ao seu estado basal, diminuindo sua irritabilidade.
7) Desacelere, diminua o ritmo. Reserve diariamente tempo de qualidade para você poder descansar e relaxar. Respire ar puro, desfrute de paisagens, de boas leituras, dê boas risadas, prepare seu próprio alimento, mexa na hortinha, toque algum instrumento.
8) Se importe cada vez menos e apenas com o que realmente é importante. Se não for de vida ou morte, provavelmente você deve estar sofrendo à toa. Lembre-se, tudo tem solução, mas nem sempre a solução é a que queremos. Faça o melhor que puder para o momento.
Espero que as dicas acima te auxiliem. Se você achar difícil conseguir colocar em pratica sozinha, procure um psicoterapeuta como facilitador neste processo.

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