
CHECK- UP É IMPORTANTE?

Drª. Giane Michele Frare Peck
CRM/SC 7254 | 414
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Uma reflexão dos dias atuais sobre o papel do médico e sua relação com o paciente
Atualmente venho refletindo muito sobre minha profissão. Como médica e professora de novos médicos, ando me perguntando para onde estamos caminhando.
Vivemos tempos de grande avanço tecnológico. Sem tirar o mérito das vantagens da globalização, verificamos entristecidos, os distanciamentos entre as pessoas. A “vida online” nos aproxima de lugares e pessoas distantes, porém nos afasta de pessoas que estão ao nosso lado.
Assim como em nossa vida particular, este distanciamento ocorre no campo profissional e também nos consultórios e hospitais. O relacionamento médico-paciente, a empatia, o colocar-se no lugar do outro, tão importantes para a boa atuação médica, vêm se tornando obsoletos. Cada vez é mais comum ver médicos e pacientes dando lugar a números, exames e diagnósticos tornarem-se códigos e a comunicação perder sua essência.
Aquele médico que acompanhava os seus pacientes ao longo de suas vidas, quase não existe mais. Hoje temos um estranho avaliando outro estranho, em apenas alguns minutos de curto diálogo. Ao mesmo tempo, percebe-se descontentamento dos pacientes com este tratamento, apesar de cientificamente correto, pouco humanizado.
A preocupação com o pouco tempo, a necessidade de vários empregos, as cobranças pessoais e sociais, a insegurança dos pacientes diante de tantas informações muitas vezes fazem com que a função de médico se torne mecânica e impessoal.
Uma relação mais próxima e humana entre médico e paciente, uso correto e eficiente da tecnologia não são situações excludentes. Ou melhor, tenho certeza que nada é mais importante do que o médico que tem nome e rosto e que conhece o nome e o rosto de seu paciente, sem, é claro, abrir mão de todo o conhecimento técnico e modernidade a que temos direito.
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