
O USO EXCESSIVO DE TELAS E OS DANOS PARA SUA VISÃO

Dr. Jetender Singh Kalsi
CRM/SC 7826 | RQE 14663
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A DMRI é uma doença que ocorre em uma parte da retina e que leva a perda progressiva da visão central. Ela é a causa mais comum de perda da visão em pessoas acima de 50 anos
A degeneração macular relacionada à idade (DMRI) é a principal causa de cegueira legal, em indivíduos acima de 50 anos de idade. Das quatro principais causas de cegueira, é a única em que a profilaxia e/ou o tratamento não foram ainda bem equacionados.
A catarata, em geral, não pode ser prevenida, mas a cirurgia da catarata recupera a visão da grande maioria dos pacientes operados. O glaucoma também não pode ser prevenido, mas a cegueira causada pelo glaucoma pode ser evitada com os recursos atuais. A retinopatia diabética pode ser em grande parte, prevenida e tratada. Para a DMRI, entretanto, a prevenção como o tratamento, não atingiram níveis satisfatórios, permanecendo ainda como um desafio a ser vencido pela oftalmologia no início deste século.
Valendo lembrar de que a mácula é uma pequena região no centro da retina, que permite que uma pessoa possa ver detalhes. As células sensíveis à luz da mácula conhecidas como fotorreceptores convertem a luz do campo visual em impulsos elétricos e, em seguida, transferem os impulsos para o cérebro através do nervo óptico. A perda da visão central na DMRI ocorre quando as células fotorreceptoras na mácula são degeneradas.
A DMRI apresenta-se de duas formas: uma forma “não exsudativa” ou seca e uma forma exsudativa ou neovascular. Inicialmente, a DMRI caracteriza-se pela presença de drusas e alterações do epitélio pigmentar da retina (EPR). Na forma seca há uma lesão progressiva do EPR, membrana de Bruch e coriocapilar, o que leva à atrofia secundária dos fotorreceptores e perda gradativa da visão. Na forma exsudativa há o aparecimento de uma membrana neovascular sub-retiniana (MNSR), que altera a anatomia macular, incluindo a interface fotorreceptor-EPR, permitindo o extravasamento de soro e/ou sangue, e levando à perda irreversível dos fotorreceptores adjacentes, com consequente baixa de visão, geralmente mais rápida e acentuada do que a observada na forma seca.
A DMRI é uma doença multifatorial. Mas existem fatores que aumentam o risco de desenvolver DMRI, dentre os quais temos a idade, predisposição genética, exposição a luz solar, hipertensão arterial sistêmica, obesidade, ingestão de grandes quantidades de gordura e dietas pobres em frutas e verduras e o tabagismo.
As reações fotoquímicas originadas na retina e no epitélio pigmentar da retina (EPR) tornam estas estruturas altamente suscetíveis aos danos causados pelo estresse oxidativo. O processo de oxidação gera moléculas instáveis, chamadas radicais livres, os quais são altamente reativos com os tecidos oculares subjacentes. Assim, cogita-se que tais processos de oxi-redução podem estar envolvidos na gênese da DMRI. A perda da visão na DMRI ocorre em consequência da disfunção dos fotorreceptores, a qual pode estar relacionada com a atrofia geográfica (AG) ou com a neovascularização coroidiana (NC). Na AG ocorre atrofia da rede coriocapilar e do EPR a ela associado. Já na NC, os neovasos da coriocapilar rompem a membrana de Bruch e o EPR, invadindo a retina, onde podem sangrar e exsudar, o que justifica o nome DMRI exsudativa. Por último, nos estágios tardios da doença, existe a formação de um tecido fibroso (cicatriz) na região macular, com o consequente decréscimo da visão central.
Os sintomas e sinais observados na DMRI são:
1. A perda de visão para leitura;
2. Dificuldade em reconhecer o rosto das pessoas;
3. Mancha escura na visão;
O tratamento da DMRI do tipo seca é baseada no uso de vitaminas antioxidantes específicos, proteção contra raios solares e dieta rica em frutas e vegetais. A DMRI do tipo úmida o tratamento é baseado em uso de fatores antiangiogênicos.
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