
O USO EXCESSIVO DE TELAS E OS DANOS PARA SUA VISÃO

Dr. Jetender Singh Kalsi
CRM/SC 7826 | RQE 14663
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A Retinopatia Diabética é uma doença que está relacionada a aumentos nos níveis de glicose no sangue, levando a alterações no sistema cardiovascular no corpo humano, e pode estar presente na Diabetes tipo I, II e a gestacional, sendo uma das principais causas de cegueira irreversível e deficiência visual no Brasil e no mundo.
A retina, sendo uma região altamente vascularizada e com vasos muito finos, também sofre com as mudanças dos níveis de glicose. Com as alterações nas barreiras vasculares da retina, poderão ocorrer extravasamentos de sangue, proteínas e gorduras levando à condição chamada de Retinopatia Diabética.
Ela é classificada em Retinopatia Não Proliferativa e Proliferativa. A Não proliferativa é a fase inicial e mais fácil de tratamento, sendo facilmente tratada com o controle glicêmico adequado. Nesta fase estamos diante de microaneurimas, pequenos sangramentos e depósitos de lipídios (exsudatos) na retina. Esta fase pode-se progredir para Proliferativa, que consiste na presença de neovascularização da retina com vasos defeituosos e frágeis, levando a sangramento e complicações devastadoras.
A Retinopatia Diabética está relacionada a tratamento inadequado dos níveis de glicemia e associação com doenças concomitantes (Hipertensão Arterial Sistêmica descontrolado, níveis lipêmicos elevados, nefropatias), sedentarismo, tabagismo, obesidade e principalmente o tempo de duração do diabetes.
Os sintomas estão relacionados às suas complicações, ou seja, embaçamento visual relacionado ao edema macular, sombras à presença de hemorragias vítreas e, a perda de campo visual, relacionada ao descolamento de retina. Além disso, podemos observar a diminuição de visão noturna e de percepção de cores.
O Edema de Mácula é uma das principais causas de perda visão, pois a mácula é responsável pela visão de detalhes e cores. Esse espessamento macular, devido ao edema, leva à visão embaçada e distorcida.
O rompimento dos neovasos defeituosos e frágeis leva o sangramento para o vítreo (gel que preenche a cavidade do olho) e a sintomatologia é a visão com sensação de detritos pretos, sombras e/ou visão em teias de aranha (floaters) ou até perda total da visão pela piora do sangramento. Este sangramento pode melhorar em meses, mas estará sujeito a novos sangramentos ou outras complicações. Portanto, diante de quadro de Hemorragia Vítrea, considera-se um importante sinal de piora do quadro, e sinal de alerta que deve ser observado.
Com a progressão dos neovasos associado ao tecido fibroso, observa-se uma complicação temida, que é o descolamento de retina, podendo evoluir para a perda irreversível da visão.
O melhor tratamento para Retinopatia Diabética é a prevenção, mas quando presente o quadro de edema de mácula podemos usar medicações intra vítreas (Corticóide e, mais recentemente, os anti fatores de crescimento vascular- Anti-VEGF). Nos casos de Retinopatia Proliferativa podemos fazer uso de fotocoagulação a laser e, diante de descolamento de retina, a cirurgia sera realizada.
Os resultados terapêuticos nestes procedimentos da funcionalidade visual são inferiores aos desejados, sendo ainda de alto custo, do ponto de vista econômico e social, reforçando a necessidade de iniciar o tratamento nas fases iniciais.
Portanto, existe a importância de acompanhamento dos Diabéticos, mesmo na ausência de sintomatologia, pois muitos apresentam Retinopatia em regiões periféricas e irão desenvolver sintomas quando a região central (mácula) é afetada. Ou seja, muitos diabéticos são diagnosticados tardiamente, com isso piorando o prognóstico.
Enfim, manter níveis glicêmicos normais com dieta adequada, exercícios regulares e acompanhamento com médico Oftalmologista é a maneira de evitar complicações e perdas visuais devido ao Diabetes.
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