
COLELITÍASE: A PRESENÇA DE CÁCULOS NA VESÍCULA BILIAR

Dr. Mateus Volpato
CRM/SC 19613 | RQE 14139
Acompanhe as novidades e dicas de saúde e bem-estar
CRM/SC 19613 | RQE 14139
A vesícula biliar é um pequeno órgão, localizado sob o fígado, cuja tarefa principal é a de secretar a bile que ajuda a decompor as gorduras.
A vesícula biliar é um órgão muscular, localizada no lado superior direito do abdômen, abaixo dos arcos costais. Está aderida ao fígado, e sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado para facilitar a digestão de gorduras. Em seu funcionamento normal, se enche quando estamos em jejum e esvazia para a primeira porção do intestino, o duodeno, durante a alimentação, através de ductos cístico e colédoco.
A Colelitíase, doença mais comum da vesícula, são cálculos que se formam pelo acumulo dos sais biliares em estase no órgão, podem ter tamanhos variados, de lama biliar à cálculos maiores que 3 cm.
A maioria dos pacientes são assintomáticos, diagnosticados por exames de rotina ou investigação de outras patologias. Dos 20% apresentam sintomas, a queixa principal a dor biliar, geralmente no epigástrio (estômago) ou hipocôndrio direito (HCD), logo abaixo das costelas, com frequência irradia para ombro direito. Tem início súbito e progressivo, durando de 15min a 1hora, precedida de alimentação ou sem fator desencadeante. Menos comumente a dor pode ser à esquerda ou na parte inferior da barriga.
O diagnóstico é feito por ultrassom, raramente necessita de outros exames.
O tratamento definitivo é cirúrgico, a colecistectomia (retirada da vesícula), deve preferencialmente ser realizada por via LAPAROSCÓPICA (vídeo cirurgia), que apresenta inúmeras vantagens à cirurgia convencional, como menor tempo de recuperação, estética, entre outras.
Colecistite, inflamação da vesícula, é umas das principais complicações da Colelitíase, se apresenta com dor prolongada de forte intensidade em HCD com dificuldade de inspirar ao palpar o local (sinal de Murphy), febre e alteração no exame de sangue (leucocitose). A confirmação diagnostica é feita por ultrassom. O tratamento é cirúrgico, preferencialmente por via LAPAROSCÓSPICA, associado a antibióticos.
Colecodolitíase, cálculo no colédoco, é outra complicação temida. A obstrução desse ducto leva a dor em HCD, icterícia (amarelão). Complicações como infecção do ducto e a inflamação do pâncreas podem acontecer. O tratamento é por CPRE (endoscopia) ou cirúrgico.
Pólipos, “verrugas”, na parede da vesícula, maiores que 1 cm tem indicação de colecistectomia por via LAPAROSCÓPICA, devido ao maior risco de câncer de vesícula.
O câncer da vesícula é raro, geralmente achado nas biopsias de colecistectomias. O tratamento é individualizado conforme a doença.
Mais artigos de