A dor do crescimento é uma entidade responsável por 15% das dores nas crianças em fase de crescimento. A sua causa ainda se mantém desconhecida e o diagnóstico deve ser feito por exclusão, ou seja, afastando-se as demais doenças que se manifestam de forma parecida na faixa etária em que a criança se encontra.
Nessas crianças, observa-se dor em um ou ambos os membros inferiores, de caráter intermitente, geralmente nos músculos da coxa, perna, panturrilha e a parte posterior do joelho.  Os sintomas surgem no final da tarde e início da noite e tem curta duração, com frequência de duas a três vezes por semana e melhoram com analgésicos ou massagens. Existe uma relação entre um dia de atividade física exagerada, podendo ou não provocar choro e dificultando a criança para dormir.
Possui um predomínio no sexo masculino, mas pode atingir ambos os sexos.
Os testes laboratoriais como proteína C-reativa, VHS e hemograma são normais. O exame de imagem radiográfico não apresenta achados.
O tratamento dos sintomas desta entidade, apenas de benigna, está indicado, pois a criança pode limitar suas atividades físicas, promover faltas escolares e levar a? ansiedade e sofrimento familiar. 
O alívio dos sintomas pode ser empregado na forma de anti-inflamatórios não esteroides de uso via oral ou aplicação local, como pomadas. Apresenta boa resposta com massagens suaves locais ou uso de compressas mornas.  Propõe-se o alongamento da musculatura dos membros inferiores, sendo elas o quadríceps e tríceps sural.
Portanto, toda criança com quadro como descrito, deve ser avaliada por um profissional da área, no intuito de afastar as demais doenças e realizar o tratamento adequado para tranquilizar os familiares, reduzir a possibilidade de cronificação da dor na vida adulta e aliviar o sofrimento da criança.