
ARTROSCOPIA DO QUADRIL

Dr. Fernando Lupselo
CRM/SC 17718 - RQE 12327
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CRM/SC 17718 - RQE 12327
O termo artroplastia, ao invés de prótese, é o mais correto, pois refere-se ao procedimento cirúrgico em si, ou seja, a substituição da articulação.
A artroplastia total do quadril consiste na substituição das superfícies articulares do fêmur e do acetábulo doentes por componentes protéticos, que irão articular entre si. No caso da artroplastia total de joelho, as porções distais do fêmur e proximal da tíbia que são substituídas. Esses são procedimentos cirúrgicos com resultados realmente muito satisfatórios atualmente.
A indicação mais comum para estes procedimentos são a coxartrose e gonartrose (artrose, ou "desgaste" da cartilagem do quadril e joelho respectivamente). Quando o quadril ou o joelho sofrem um processo degenerativo e tornam-se dolorosos e com mobilidade e função limitados, esta cirurgia pode ser indicada para restaurar o movimento e aliviar a dor, melhorando a qualidade de vida. As próteses de quadril podem ser utilizadas ainda no tratamento de fraturas do colo femoral e de casos de osteonecrose da cabeça femoral.
Os diferentes tipos de próteses divergem em relação ao tamanho, modelo, conceito, meio de fixação ao osso, superfícies de contato etc. Existem implantes mais indicados para pacientes jovens (com superfícies articulares de cerâmica, com objetivo de terem menor desgaste ao longo do tempo, podendo durar 20-25 anos), Já em pacientes idosos, a escolha do implante visa uma melhor estabilidade da prótese (cabeças femorais maiores) e diminuição do risco de fraturas durante a cirurgia (implantes cimentados).
Os materiais mais empregados na confecção dos implantes são as ligas metálicas de titânio, cromo-cobalto, aço inox, usadas na confecção de hastes e cabeças femorais. O polietileno, uma espécie de plástico muito resistente, usado em componentes acetabulares. A cerâmica, usada na fabricação de cabeças femorais e componentes acetabulares não cimentados. Existe uma infinidade de modelos e de fabricantes de próteses no mercado mundial.
Em relação ao método de fixação ao osso, existem implantes que utilização o cimento ortopédico, aplicado com técnica adequada, para a estabilização do componente e próteses não cimentadas, onde o componente protético é implantado sob pressão, conseguindo assim a estabilização. Pode ainda ser lançado mão de uma artroplastia híbrida, que mistura as duas técnicas. O método a ser utilizado é de escolha e preferencia de cada cirurgião.
A tendência atual em relação ao pós operatório é a utilização de protocolos de reabilitação precoce, com período de hospitalização curto (48 horas) e recuperação acelerada. O paciente começa seu trabalho junto à equipe de fisioterapia já no dia seguinte à cirurgia, andando com auxílio de andador ou muletas.
Nas artroplastias, como em toda cirurgia, há risco de possíveis complicações como infecção, tromboembolismo, deslocamento da prótese (luxação) e dor nas fases mais iniciais. Medidas preventivas pré e pós operatórias são adotadas de rotina para minimizar ao máximo essas intercorrências. O desgaste é a complicação mais comum a longo prazo, podendo ser retardado com a escolha do implante adequado e técnica cirúrgica apurada. Ao se tomar tais cuidados, as taxas de sucesso da cirurgia são muito satisfatórias.
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