
16% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA AINDA É FUMANTE

Drª. Flávia Corrêa Guerra
CRM/SC 11997 - RQE 9986
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CRM/SC 11997 - RQE 9986
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, ou simplesmente DPOC, é uma doença que está diretamente relacionada com a exposição a fumaças, principalmente a fumaça do cigarro, tanto de quem fuma como de quem convive com o fumante.
Ela causa inflamação crônica dos brônquios, que são as estruturas responsáveis por levar o ar respirado até os pulmões e depois devolver o ar ao ambiente. Essa inflamação é chamada de bronquite crônica, que cursa com estreitamento dos brônquios e produção de secreção. Também faz parte da DPOC o enfisema pulmonar, que nada mais é que a destruição dos alvéolos pulmonares, que são responsáveis pela oxigenação do sangue ao passar pelos pulmões.
A DPOC ocorre em pessoas com mais de 40 anos, geralmente em tabagistas e pessoas que têm contato com poeiras e fumaças. O primeiro e principal sintoma é a falta de ar ou cansaço para respirar. Tosse com ou sem expectoração também é comum. Se a pessoa continua tendo contato com os agentes causadores, por exemplo, continua fumando, a doença continua progredindo e os sintomas vão piorando.
Ainda é uma doença pouco diagnosticada, onde a maioria das pessoas convivem com os sintomas de tosse e falta de ar acreditando que são decorrentes da idade, quando na verdade são portadores de uma doença progressiva mas, que tem tratamento.
O diagnóstico da DPOC é feito de forma fácil, com um exame indolor, chamado espirometria, que avalia a capacidade respiratória e o funcionamento dos pulmões. Podem ser necessários outros exames complementares, dependendo de cada caso.
A medida mais importante no tratamento da DPOC é parar de fumar. Para atingir esse objetivo, várias medidas podem ser tomadas, desde o uso de medicamentos até a psicoterapia. Além disso, existem medicações que devem ser usadas continuamente com o objetivo de manter os brônquios abertos e diminuir a produção de secreção, o que vai reduzir os sintomas.
Em períodos de piora das crises de falta de ar ou aumento da tosse e da expectoração, as chamadas exacerbações, podem ser necessárias outras medicações a fim de que a doença retorne às suas condições anteriores. Em casos graves, pode ser necessário o uso de oxigênio durante o sono ou durante todo o dia, preferencialmente através de um aparelho chamado concentrador.
Para o tratamento de longo prazo, fisioterapia e exercícios físicos conforme a tolerância de cada pessoa também podem ser prescritas. Além disso, o acompanhamento do pneumologista é fundamental para que se atinja controle da doença, minimizando os sintomas e desconfortos e aumentando a expectativa de vida dos portadores.
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